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quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Professores do Ceará, em greve, fecham avenida em protesto


Professores fizeram passeata até a Assembleia Legislativa nesta terça-feira.
Eles pedem intermediação do Legislativo nas negociações com o governo.


Leonardo HefferDo G1 CE
Professores do estado fecham avenida movimentada em protesto, em Fortaleza (Foto: Leonardo Heffer/G1 Ceará)Professores do estado fecham avenida movimentada
em protesto, em Fortaleza.
(Foto: Leonardo Heffer/G1 Ceará)
Professores e alunos da rede pública estadual de ensino fecharam a Avenida Desembargador Moreira, no Bairro Dionísio Torres, nesta quinta-feira (25) em protesto pelo piso salarial e contra ao novo plano de cargos, carreira e salário (PCCS) dos professores, criado pelo governo. A categoria saiu em passeata até a Assembleia Legislativa.
O novo PCCS ainda não foi enviado à Assembleia e os professores pedem que os deputados ajudem nas negociações. Segundo o Sindicato dos Professores (Apeoc), os educadores com formação superior recebem R$ 1.300,00. A categoria quer salário de R$ 2.400,00.
Os professores, em greve desde o dia 5 de agosto, se concentraram na Praça da Imprensa, a três quadras da Assembleia Legislativa. Ao som de gritos de ordem contra o governador, os professores desceram, com um trio elétrico e uma grande passeata que fechou a avenida. Agentes da Autarquia Municipal de Trânsito foram acionados para desviar o trânsito no local.
Na assembleia, os manifestantes se dividiram em dois grupos. Enquanto cerca de 140 alunos lotaram o plenário da Assembleia com faixas de ordem de greve, os professores ficaram na saída dos parlamentares dentro do prédio. Não houve tensão entre polícia e manifestantes.
Novo PCCS
Em nota a Secretaria de Educação do Ceará informa que a proposta do governo garante um aumento de 36,9% no salário inicial em relação ao salário atual, beneficiando cerca de 15.600 dos 25 mil professores ativos estatutários e temporários. A nota também fala sobre a progressão dentro da carreira, que acontecerá a cada dois anos e não mais por titulação.
Para o Sindicato dos Professores (Apeoc), o aumento será real para os profissionais recém ingressados, mas não contempla aumento real para os professores veteranos. Além disso, segundo o presidente da Apeoca, o fim da progressão por titularização não vai estimular aos profissionais buscarem mestrados ou doutorados.
“O aumento para o professor que faz um mestrado ou um doutorado, é de R$ 90,00 no novo plano do governo, enquanto o aumento no plano vigente é de 40% em cima do salário para quem faz especialização, e de até 60% para quem faz doutorado”, confirma Anízio Melo, presidente da Apeoc. Melo diz que, no novo plano divulgado pelo governo, o professor precisará trabalhar 28 anos para crescer os 14 níveis, já que a avaliação para a progressão acontece somente a cada dois anos.

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