"O depoente ouviu de diversos senadores nas reuniões na casa de Renan (Calheiros, presidente do Senado) que o grupo JBS iria fazer doações ao PMDB, a pedido do PT, na ordem de R$ 40 milhões", diz a delação. Machado não diz se os recursos seriam ilegais, mas fala que o repasse ajudou a reconduzir Michel Temer (PMDB) à presidência nacional do PMDB.
Segundo Machado, os recursos iriam para diversos senadores da sigla, entre eles Renan Calheiros (AL), Jader Barbalho (PA), Romero Jucá (RR), Vital do Rêgo (PB), Eduardo Braga (AM), Edison Lobão (MA), Valdir Raupp (RO), Roberto Requião (PR) e Eunício Oliveira.
Delação premiada
Depoimento integra a delação premiada de Sérgio Machado, que teve o sigilo levantado nesta terça-feira, 14, pelo ministro Teori Zavascki (STF). Machado diz que todos os políticos citados por ele "sabiam do funcionamento do esquema de corrupção" e que "embora a palavra propina não fosse dita, esses políticos sabiam" que o recurso viria de contratos da Transpetro.
Machado relata inclusive que a doação aos senadores teria provocado críticas da bancada do partido na Câmara. Ao saberem dos repasses, deputados teriam inclusive se queixado ao hoje presidente em exercício Michel Temer.
Com Informações do O Povo
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