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domingo, 17 de julho de 2016

Estado apreende mais de 2 mil aparelhos sonoros só no ano de 2016

O barulho faz parte do cotidiano das grandes cidades: vem de carros, buzinas, propagandas e canteiros de obras espalhados por diversos locais. Porém, em altos níveis, as ondas sonoras perturbam a tranquilidade de quem vive nos centros urbanos. Em todo o Estado, no primeiro semestre deste ano, 2.198 equipamentos sonoros foram apreendidos, conforme dados da Polícia Militar Ambiental do Ceará (BPMA). Os procedimentos foram constatados após rondas e denúncias, principalmente em Fortaleza, Sobral e Juazeiro do Norte.
Em Fortaleza, de janeiro a junho de 2016, 326 equipamentos sonoros, como caixas, mesas e "paredões" de som, foram retidos por fiscais da Secretaria Municipal de Urbanismo e Meio Ambiente (Seuma), uma média de quase dois aparelhos recolhidos por dia. Após as apreensões, 161 foram descartados e outros 20 entregues a instituições que solicitaram doação. Segundo a Seuma, as apreensões realizadas neste ano já representam 52% de todas as realizadas em 2015, quando foram aprendidos 619 equipamentos sonoros. Destes, 345 foram descartados e 53 foram doados.
Para se ter uma ideia do problema, 60% das ligações recebidas pela Coordenadoria Integrada de Operações de Segurança (Ciops) estão relacionadas à poluição sonora.
Transtorno
Mairlon Moreira, coordenador de Fiscalização da Seuma, explica que a maior parte das denúncias se refere ao uso de paredões. "Você nunca sabe onde eles vão estar, então a denúncia é feita na hora. O paredão não precisa nem estar ligado para ser apreendido: basta ele estar sem a devida capa de proteção, parado ou em transporte em logradouros públicos", afirma.
Prejuízos
O chefe do Serviço de Otorrinolaringologia do Hospital Geral de Fortaleza (HGF), João Deodato, explica que o som alto incomoda a audição e tem efeito a longo prazo. "Medições acima de 85 decibéis lesam a parte auditiva, e a exposição a esses sons durante muito tempo pode levar à perda auditiva irreversível. Hoje, as cidades são muito barulhentas. A longo prazo, daqui a 20, 30 anos, a população jovem vai estar com audição comprometida", avalia o especialista.
Como não possui serviço de atendimento imediato, a Seuma conta com apoio do BPMA para coibir o abuso na utilização dos aparelhos sonoros. Através da "Operação Sossego", agentes da Célula de Controle da Poluição Sonora realizam buscas ativas ou atendem a denúncias. Segundo Mairlon Moreira, as infrações ocorrem em bares, churrascarias e restaurantes e estão relacionadas ao uso de equipamentos acima do decibéis permitidos por lei ou sem licenciamento. 
Com Informações de Nicolas Paulino

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